sexta-feira, 21 de outubro de 2011

216 projetos culturais serão apoiados com recursos do Fundo de Cultura




Secretaria de Cultura vai investir R$14.754 milhões em ações que acontecerão nos 26 Territórios de Identidade do Estado, ampliando em cerca de 400% os recursos para o Demanda Espontânea em 2011



A Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SECULT) divulga nesta segunda-feira, 17 de outubro de 2011, o resultado da seleção pública de projetos de Demanda Espontânea. O número de projetos inscritos e a qualidade das propostas apresentadas superaram as expectativas, levando a Secretaria a buscar um aumento no valor dos recursos, de forma a contemplar um número maior de projetos nessa seleção.


“Conseguimos ampliar a verba destinada a esta seleção, garantindo o apoio a um número maior de projetos e transformando a Demanda Espontânea na principal ação de fomento para a cultura deste ano”, afirma o Secretário de Cultura do Estado da Bahia, Albino Rubim. No total, serão disponibilizados R$14.754 milhões para as iniciativas selecionadas – o que representa um aumento de aproximadamente 400% em relação ao inicialmente previsto para a Demanda Espontânea em 2011 (cerca R$3,5 milhões).


Dos 838 projetos inscritos, 609 foram habilitados e, finalmente, 216 aprovados. Desse total, 121 são iniciativas que vão acontecer na capital, enquanto 95 ações serão realizadas em 125 municípios do interior. Assim, através da realização das ações, o apoio da Secretaria de Cultura através do Fundo abrangerá todos os 26 Territórios de Identidade do estado, contribuindo para a política de Territorialização da Cultura. Todos os projetos apoiados deverão ser iniciados até o final do primeiro semestre de 2012.


Já em relação à procedência dos proponentes que tiveram seus projetos aprovados, 157 são de Salvador e 59 de cidades do interior do Estado, abarcando 14 Territórios de Identidade em relação à proponência das ações.



Pela primeira vez foi composta uma Comissão Temática, temporariamente formada para apoiar a avaliação dos projetos. Isto permitiu que a Comissão Permanente do Fundo de Cultura contasse com uma pré-análise de especialistas de cada segmento, qualificando e agilizando assim o processo e o trabalho de decisão final, inaugurando uma prática que será incorporada às seleções do Fundo de Cultura. “Recebemos muitos e bons projetos. A criação das comissões temáticas contribuiu em muito para a análise e seleção, e o aumento do valor disponível permitiu que apoiássemos a maioria destas boas iniciativas, mesmo que parcialmente”, avalia o superintendente de Promoção Cultural da Cultura, Carlos Paiva.



O maior número de aprovações aconteceu em duas áreas: Música e Teatro, ambas com 42 projetos selecionados. Na área musical o apoio englobará demandas diversas, como gravação e produção de CD ou DVD, realização de shows e de festivais, cursos de formação, pesquisa sobre o carnaval, apoio a formações orquestrais. Já nas artes dramáticas, os projetos apoiados pela Secult envolvem montagem e circulação de espetáculos, cursos de formação e realização de festivais. Houve também uma área nova: uma ópera será apoiada pelo Fundo.
A área de Cinema e Vídeo também teve um destaque importante, com um total de 34 projetos divididos em 06 longas-metragens (01 de animação, 03 de ficção e 02 documentários), e 10 curtas-metragens; além de mostras e festivais de cinema; e projetos de formação, roteiros e webseries. Um exemplo da força e do potencial da área audiovisual na Bahia.


Já a área de Multilinguagens – que, como o próprio nome revela, se desenvolve a partir da interação de linguagens artísticas diferentes dentro de uma mesma proposta – teve 28 projetos selecionados, sendo 14 para a capital baiana e outros 14 para o interior. Entre eles, destacam-se iniciativas diferenciadas como o I Festival de Cultura Étnica e Popular do Curuzu e o curso Terceira Diáspora – Culturas Negras no Mundo Atlântico. Já a modalidade Cultura Popular teve 14 projetos aprovados, todos do interior do estado.



Também foram apoiados 12 projetos de Literatura, 12 de Artes Visuais, 15 de Dança, 06 de Circo, 01 Ópera, 05 projetos de Patrimônio, 04 para Bibliotecas e 02 de Museus. Informações detalhadas, com tipos de projetos e valores de apoio estão disponíveis nas tabelas em anexo.
Importante ressaltar que, nessa seleção, foram contemplados proponentes diversos, como artistas, produtores culturais, grupos teatrais, companhias de dança, empresas de comunicação e de entretenimento, associações quilombolas, associações carnavalescas, ONGs, fundações, editoras e selos fonográficos, o que revela a dinamicidade da economia da cultura, com a atuação de novos agentes culturais nos mecanismos de fomento do Estado.


Para a Secretaria de Cultura, através do apoio a projetos é possível atingir diversos e importantes resultados, como a atuação concreta nos territórios em parceria com a sociedade civil, que se torna executora de importantes iniciativas, contribuindo assim efetivamente para o desenvolvimento da cultura no Estado. Com este resultado, de Demanda Espontânea, a SecultBA vai possibilitar a revelação de novos talentos e a realização da primeira edição de eventos que podem vir a se consolidar como projetos de realização sistemática e calendarizável. Também possibilita que ações que emergem como prioridade nas conferências, a exemplo da preservação da memória de mestres e artistas veteranos ainda em vida, sejam propostas pela própria comunidade cultural e se realizem com o apoio do Fundo. Além disso, contribui para ações de formação de platéia na capital e no interior e para ocupação e dinamização dos centros de cultura, descentralização das ações para o subúrbio e o interior do estado.


Demanda Espontânea
A Demanda Espontânea é uma modalidade de apoio do Fundo de Cultura criada com o objetivo de apoiar todo tipo de iniciativa cultural que não estivesse coberta pelos editais temáticos, de linguagens ou áreas específicas, sem limite de valor. Este ano, quando a Secretária não abriu editais temáticos, ela foi destinada a todas as áreas e de todos os tipos de iniciativas culturais, transformando-se na principal iniciativa do Fundo de Cultura em 2011, após a regularização de todos os pagamentos dos editais atrasados, de 2009 e 2010, no começo do primeiro semestre.

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