O projeto selecionado terá o montante de R$ 100 mil para produzir espetáculo ao ar livre. Tarefa é roteirizar o célebre texto francês Reconsiderar a Riqueza, do filósofo francês Patrick Viveret. O encenador terá o desafio de discutir as principais questões economicas mundiais à partir da linguagem teatral.
A Assessoria de Realações Internacionais da Secretaria de Cultura do Estado SecultBA, através do Fundo de Cultura da Bahia, promove chamamento público para projeto teatral com intuito de produzir montagem com base no texto Reconsiderar a Riqueza, de Patrick Viveret. O edital é um acordo de cooperação técnica entre o Estado da Bahia/Brasil e a France Libertés - Fundação Danielle Mitterrand/França para o desenvolvimento de ações de cooperação cultural através do Programa Diálogos da Humanidade.
Para a assessora de Relações Internacionais da SecultBa, Monique Badaró, o objetivo é apoiar o Programa Diálogos da Humanidade. A peça tem como objetivo levar essa discussao para a sociedade. A primeira montagem de um espetáculo foi feita na frança por Philipe Piau, através da Cia. de Teatro Latribouille. Depois disso foi montada no Canadá, Bélgica, Itália e esta será a primeira vez na America Latina. Cada montagem tem suas caracteristicas próprias, e teremos aqui a leitura a partir da nossa cultura, afirma Badaró.
Para o diretor de Teatro da Fundação Cultura do Estado da Bahia FUNCEB/SecultBA, o evento é importante por conta da articulação internacional envolvendo o teatro baiano. Montar um espetáculo ao ar livre a partir de um texto-base que já gerou pelo menos quatro outras montagens em outros países tem uma dimensão simbólica intrínseca, que pode vir a abrir articulações internacionais, explica Gordo Neto.
O documento ´Reconsiderar a Riqueza` teve origem na Conferência Internacional homônima promovida pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em 2002, em Paris, e publicado na revista Foi et Développement, do Centro L. J. Lebret, de Paris, França, em dezembro 2003.
Reconsiderar a Riqueza Conhecido em todo mundo, o célebre texto francês trata dos fatores sociais, culturais, éticos e ambientais da sociedade. Em 2001, o então secretário de Estado para Economia Solidaria, Guy Hascoet, encomendou a Viveret a missão de Eestado de apresentar um detalhado relatório sobre os novos indicadores do desenvolvimento econômico com intuito de valorização desse desenvolvimento. Para isso, Viveret que também é economista, se juntou com diversos outros economistas de renome internacional para criar essa publicação.
Eles compreenderam um novo paradigma de desenvolvimento onde o foco do crescimento da economia deve estar ancorado nos valores humanos e ecológicos, com destaque para as riquezas humanas, sociais, éticas e culturais dos povos e nações. Após a primeira publicação, foi criado um coletivo de economistas, políticos, sociólogos, filósofos e pensadores independentes para dar continuidade ao trabalho.
Nos últimos anos, a Fundação France Libertés que luta há mais de 20 anos pela defesa dos direitos humanos, ingressou nesse coletivo incorporando intelectuais e ativistas que trabalham no eixo franco brasileiro como Henryane de Chaponay, Celina Whitaker e André Abreu de Almeida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário